terça-feira, 4 de dezembro de 2007

A Terra conserva em si os traços evidentes da sua formação. Acompanham-se-lhe as fases com precisão matemática, nos diferentes terrenos que lhe constituem o arcabouço.

Neste ponto, não há simples hipótese; há o resultado rigoroso da observação dos fatos e, diante dos fatos, nenhuma dúvida se justifica. A história da formação da Terra está escrita nas camadas geológicas, de maneira bem mais certa do que nos livros preconcebidos, porque é a própria Natureza que fala, que se põe a nu, e não a imaginação dos homens a criar sistemas.

As perturbações, os cataclismos que se produziram na Terra, desde a sua origem, lhe mudaram as condições de aptidão para entretenimento da vida e fizeram desaparecessem gerações inteiras de seres vivos.

A ignorância humana a respeito da realidade da vida que a cerca, faz com que as meias verdades sejam vendidas como certas, amiudamente a favor dos oportunistas, que defendem interesses próprios de manipulação e dominação, que lhes facilite a ganancia insaciável.

Não perceber que o equilíbrio que vigora no Universo é uma realidade intrínseca a eternidade, é consequência do atraso intelectual que predomina no mundo. Imaginar que o PODER que administra toda a criação universal, seria incapaz de prever que miseras bactérias humanas que habitam o planeta terra, seriam capazes que em consequência de sua incúria, poderiam desequilibrar esta ordem é prova de que a humanidade ainda claudica os primeiros passos do conhecimento. E que os oportunistas aproveitam muito bem, disto.

O desenvolvimento e existência de grandes superfícies líquidas permitiu à Terra que a formação de CO2 em excesso fosse controlada, com a absorção deste por parte dos oceanos.

Os oceanos funcionam como um reservatório gigantesco de CO2, num ciclo que começa agora a ser estudado e compreendido.

 A sua dinâmica interna faz com que o CO2 dissolvido na água se deposite nos leitos dos oceanos, e afunde até ao magma interno para ser expelido nas falhas e vulcões das placas tectónicas. Além disso, é absorvido para a formação de carbonatos calcários, nas conchas, crustáceos e rochas calcárias.

Mas essa sobre-abundância de CO2 ajudou também ao aparecimento e manutenção de organismos que sobrevivem pela foto-síntese: as plantas.

Todos estes processos libertam o oxigénio do CO2, ajudando a alimentar toda a fauna marinha e o seu enriquecimento na atmosfera. A inexistência de oceanos de água líquida em Vénus fez com que o excesso de CO2 e respectivo efeito de estufa, elevassem a temperatura daquele planeta para os 480C, aniquilando o desenvolvimento de vida, tal como a conhecemos. 

 

Ao se formarem, os oceanos, outros componentes além dos sais arrastados da superfície foram acrescentados a eles; as chuvas torrenciais dissolviam em suas gotas parte do CO2 atmosférico transformando-o em ácido carbônico, o ácido carbônico reagia com os silicatos das rochas e se transformava em carbonato de cálcio1 (CaCO3), este carbonato de cálcio era por fim arrastado aos mares onde se acumulou. Este processo diminuiu o efeito estufa, consequentemente amenizando a temperatura do planeta além de permitir que a atmosfera tornar-se mais transparente a radiação solar, com destaque especial devido ao seu papel na formação da vida, à radiação ultravioleta. Permitindo depois disto o inicio da fotossíntese.


 

 
 

Em 1941, o matemático Milankovitch descreveu, na sua teoria da paleoclimatologia, os principais efeitos que os fenómenos astronómicos podem ter no clima da Terra.


O Plistoceno, ou Pleistoceno, é a época mais antiga do Quaternário (Era Antropozóica), com início há cerca de dois milhões de anos. Esta época caracteriza-se pelo arrefecimento geral da atmosfera, pelo aparecimento de novas espécies adaptadas ao frio e, mais importante que tudo, é relativo a esta época que se encontram os primeiros sinais da existência do homem e onde começa, portanto, a pré-história. O Plistoceno corresponde, em grande parte, ao paleolítico dos arqueólogos.
(entre 10 000 anos e 1,8 milhões de anos atrás), relaciona-se com as alterações periódicas dos parâmetros da órbita e da rotação da Terra.

Citar esta teoria se baseia na utilidade das premissas da mesma. E só isto.
 

A Teoria de Milankovitch estabelece que as variações cíclicas da órbita e da rotação da Terra produzem variações na quantidade de energia solar que chega à Terra (insolação). Os três ciclos de Milankovitch são: a variação da excentricidade da órbita da Terra (a forma da órbita da Terra à volta do Sol muda); a variação da obliquidade (o ângulo do eixo da Terra com o plano da sua órbita varia); e a precessão (alteração na direcção do eixo de rotação da Terra). Crédito: Robert Simmon, NASA GSFC.

Milankovitch teorizou que a inclinação do eixo da Terra não é sempre de 23,5°. Há um pouco de oscilação com o tempo. mudanças repentinas e drasticas, no planeta, corroboradas pelos eventos constatados de Milankovitch, são as unicas maneiras de explicar cientificamente, com a extinção repentina de variadas espécies da fauna mundial.

O segundo fator estudado por Milankovitch é a forma da órbita da Terra em torno do sol. Não é exatamente circular.

Precessão




A orientação da inclinação do eixo da Terra muda com o tempo. Como uma ponta giratória que está girando para baixo, o eixo se move em um círculo. Esse movimento é chamado precessão. Ele ocorre por volta de 26.000 anos. Isso faz com que as estações sejam lentamente alteradas durante o ano. 13.000 anos atrás o hemisfério norte era inclinado na direção do sol em dezembro, em vez de em junho. Inverno e verão eram invertidos. Eles mudarão de novo daqui a 13.000 anos.

     




Esses três fatores: inclinação, forma e precessão, combinam-se para criar mudanças no clima, do planeta.


E obviamente não tem nada a ver com a presença, ou não, do homem em sua superficie.

Como essas dinâmicas estão operando em diferentes escalas de tempo, suas interações são complicadas. Algumas vezes seus efeitos reforçam um ao outro e algumas vezes tendem a anular um ao outro. Por exemplo, daqui a 13.000 anos, quando a precessão tiver feito o verão no hemisfério norte começar em dezembro, o efeito de um aumento na radiação solar no periélio, em janeiro, e a redução no afélio, em julho, irá extremar as diferenças sazonais no hemisfério norte, em vez de suavizá-las, como é o caso hoje. Mas também não é assim tão simples, pois as datas do periélio e do afélio também estão mudando.

É do conhecimento da geologia que os sedimentos mudam e mudaram nos últimos 13.000anos. E que é um fato natural.


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